Blog da Cidade de Francisco Santos - PI 1p71
O município de Francisco Santos situa-se no entorno de Picos, região dos chamados Baixões Agrícolas Piauienses. Sua pujante economia assenta-se, principalmente, na CAJUCULTURA e no MERCANTILISMO, com ênfase nas atividades de escambo de mercadorias. 4b131y
Páginas 47693y
Bem Vindo ao Blog de Fco. Santos - PI 551ez

Mate a sua saudade da Nossa Terra
domingo, 6 de novembro de 2011 1q1q4z
Mais um dia de finados e o cemitério velho agonizando! 532t2e
Mais um dia de finados em Francisco Santos, com grande movimentação de pessoas nos cemiterios da cidade, com conterrâneos que vem de longe visitar entes queridos enterrados na cidade. Nas fotos podemos ver que os cemiterios velhos que são um patrimonio da cidade pela sua importancia histórica, continuam no total abandono, por entre o mato, a solidão, os vandalos, o tempo e o esquecimento das autoridades. É notável que os velhos cemiterios estão se acabando aos poucos e não se sabe quanto tempo mais eles irão aguentar sem as reformas que precisam para continuar em pé.
domingo, 30 de outubro de 2011 575n66
Time de veteranos de Francisco Santos - DIMAIOR FC 2v554o
O time de veteranos de Francisco Santos(DIMAIOR FC) participa do Campeonato de Futebol Amador Sênior(acima 35 anos) na cidade de Picos(estádio municipal) organizado pelo Sr. Josimar Lima da Silva(DUNGA); a competição iniciou-se nos últimos dias e conta com 06 equipes da cidade de Picos e região, como sendo: FLAMENGO DO SAQUINHO, PAQUETÁ, SÃO JOÃO DA CANABRAVA, SANTO ANTONIO DE LISBOA, FRANCISCO SANTOS E MONSENHOR HIPOLITO. Os primeiros jogos foram: FLAMENGO 8x2 PAQUETÁ; SÃO JOÃO DA CANABRAVA 3x2 MONSENHOR HIPÓLITO; FRANCISCO SANTOS 3x0 SANTO ANTONIO DE LISBOA; SÃO JOÃO DA CANABRAVA 2x0 SANTO ANTONIO DE LISBOA; FLAMENGO 5x3 FRANCISCO SANTOS.
A equipe de Francisco Santos é composta pelos seguintes atletas, FOTO: Em pé: Dedé Eliza(auxiliar), Damião, Tico Aquiles, João Sousa, Carlinho, Dedei, Claudinho, Djinha, Leivinha, Flávio, Rabudinho e Kened; agachados: Luizinho, Paulinho, Edvan Santana, Zé Warton, Getulinho, Jacinto e Edmilson; ainda... Jenival, Chico do Rádio; responsável: CLÉDSON SOUSA.
A equipe de Francisco Santos é composta pelos seguintes atletas, FOTO: Em pé: Dedé Eliza(auxiliar), Damião, Tico Aquiles, João Sousa, Carlinho, Dedei, Claudinho, Djinha, Leivinha, Flávio, Rabudinho e Kened; agachados: Luizinho, Paulinho, Edvan Santana, Zé Warton, Getulinho, Jacinto e Edmilson; ainda... Jenival, Chico do Rádio; responsável: CLÉDSON SOUSA.
quarta-feira, 26 de outubro de 2011 1u3v6y
Campeonato de futebol de Francisco Santos começa sem nenhuma estrutura para os jogadores. 2d6764
Dois Blocos de Concreto em Cima de uma Tabua
Como Sempre Muitos Torcedores nos Jogos
domingo, 16 de outubro de 2011 2n1u2t
sexta-feira, 30 de setembro de 2011 102kt
92ª Festa da Padroeira de Francisco Santos - PI 5y6k5f
CORAÇÃO DE MARIA REFLEXO DO AMOR DE DEUS
92ª Festa do Imaculado Coração de Maria: De 30/09 à 09/10/2011 em Francisco antos - PI
Hoje começou a o novenário do Imaculado Coração de Maria, padroeira da nossa cidade, e que teve como noitários: Pastoral dos Sacramentos e Grupo da Caridade, e foi presidida por Pe. Gregório.
A missa contou como de costume em todas as festas da igreja da nossa cidade, sempre conta com uma grande quantidade de fiés, e nessa abertura deste novenário não foi diferente, a igreja local estava lotada e bem animada, com os fiés muito participativos.
92ª Festa do Imaculado Coração de Maria: De 30/09 à 09/10/2011 em Francisco antos - PI
Hoje começou a o novenário do Imaculado Coração de Maria, padroeira da nossa cidade, e que teve como noitários: Pastoral dos Sacramentos e Grupo da Caridade, e foi presidida por Pe. Gregório.
A missa contou como de costume em todas as festas da igreja da nossa cidade, sempre conta com uma grande quantidade de fiés, e nessa abertura deste novenário não foi diferente, a igreja local estava lotada e bem animada, com os fiés muito participativos.
terça-feira, 20 de setembro de 2011 253sx
Crônica do escritor João Bosco "BURACO DE TATU" p2i3g
BURACO DE TATU
Crônica de João Bosco da Silva
ERA EM UM TEMPO em que a fauna e a flora ainda não tinham sido completamente devastadas pelas roças e queimadas, e a caça ainda corria farta em seu habitat natural. A devastação, com suas terríveis conseqüências, ia acontecendo lenta e gradativamente a cada ano, a cada inverno.
Naquele tempo, o peba, o bola e o tatu eram de se dar com o pé. O veado e a cutia, o tamanduá e o gambá também existiam em grande quantidade. E mais raramente, mas ainda encontradiços nas “terras de ausentes” dos Gerais, o queixada, o caititu e a paca. Alguns caçadores davam notícias também de capivara e anta, animais de muito boas carnes. Com relação a esses últimos, tenho cá as minhas dúvidas.
Ainda se podia ver a correr pela mata a ema e sua coirmã seriema. Também o jacu e a zabelê era comum encontrar-se. Das aves menores, nem se fala. Papagaios, maracanãs e periquitos eram aos bandos. Predadores infernais das lavouras, era preciso espalhar espantalhos pelas roças ou espantá-los com matraca ou aos gritos dos meninos, cuja ocupação outra não era que vigiar toda essa população voraz que tudo fazia por dilapidar a fartura que o lavrador conseguia produzir a duras penas.
“Griguilins dos infernos... Se ao menos só comessem o necessário... Mas não, destroem tudo que vão encontrando pela frente” - verberava o velho Loura, a xingar e a maldizer periquitos e “copios”, que aos bandos dizimavam os “canivetes” e vagens verdes de sua roça de feijão.
A codorniz, a nambu e a juriti eram aos montes. Isso sem falar no sofreu, no pintassilgo, no pica-pau, no canário, no bem-te-vi e outros tantos cantadores de nossas manhãs e tardes sertanejas... Ah, também o assum-preto, de que falava Gonzaga.
Tudo em vorta é só beleza,
só de abril e a mata em frô,
mais assum-preto cego dos óio,
num vendo a luz, ai, canta de dor...
Tarvez por inguinorança,
ou mardade das pió,
furaro os óio do assum-preto
pra ele assim, ai, cantar mió...
E que dizer das aves de rapina, como o carcará e o gavião? E do cancão, que acuava cobra? Tanto bicho que a gente não vê mais...
Por onde andam as rolinhas – as famosas “asas brancas” de Gonzaga -, que faziam nuvem nos campestres e fundos esturricados das lagoas?...
O velho Loura não era dado a caçadas. Meus irmãos também não, talvez até por seguirem o exemplo do pai. Se o peba dava bobeira, eles o matavam e o punham na a. Isto é, peba do Viroveu; porque os da Ribeira eles não queriam. Dizia-se que comiam defunto. Ali, na Ribeira, ficava o cemitério. Pelo sim, pelo não, era melhor evitar comê-los. Aqui, acolá, uma boca-de-noite, Seu Loura concordava em sair para estumar cachorro em algum tatu cujo fojo estivesse de fresco. Afora isso, nada mais.
Reclamava se algum dos filhos sacrificava um mambira ou gambá pelo simples prazer de matar, embora aprovasse a caça ao veado, desde que moderadamente, de forma a evitar o seu extermínio. Bicho de carne quase escura, sangue forte; gostosa, na paçoca.
A paixão do velho Loura era pelas caçadas de mel de abelha. A abelha era farta e diversificada, não havia perigo iminente de se acabar, como era o caso de alguns animais silvestres.
Abundavam em nossas matas o munduri, o jati, a abelha-branca, o brabo, o manso, a cupira e mais raramente o uruçu. O arapuá era quase uma praga. Mel forte e grosso, samburá avermelhado, para nada servindo. Nesse tempo a “oropa” e a “africana” ainda não se haviam aclimatado entre nós.
Nada melhor para meu pai que saborear um favo de mel ali na horinha, na ponta do “inzope” de croá. Ele o comia assim; nós, meninos, mais sem regras ou modos, o fazíamos metendo o dedo nas cavas dos favos, escondidos. Em qualquer dos casos, o mel ficava babado.
Gostoso e até medicinal era o mel de abelha. Se era da florada de “canilinha”, então nem se fala. Das folhas dessa plantinha até se faziam “torrados” e banhos para extirpar o “difurço” das ventas e o “estalicido” do peito.
Caçava com método, Seu Loura. Nada de exageros. Uma ou duas, no máximo três caçadas no período invernoso. Durante a seca, jamais. Segundo ele, a sobrevivência nesse período é ruim para qualquer vivente. Daí o cuidado para não molestar as abelhas, que estarão, também como o homem, no tempo das “vacas magras”, comendo o que armazenaram durante o tempo da fartura.
Dentre essas duas ou três caçadas anuais, havia uma que se revestia de um caráter festivo, senão sagrado: era aquela que antecedia a semana santa. Naquele tempo, a semana era SANTA mesmo, isto é, todos os seus dias eram guardados; a dieta do jejum, rigorosamente observada, inclusive por meninos e meninas acima dos 7 anos. Nada de trabalhos pesados. Trabalhos, aliás, só os domésticos, considerados essenciais. Tudo frugal, continente, comedido.
O almoço, na sexta-feira santa, revestia-se desse caráter sagrado e se constituía em verdadeiro banquete. Além do trivial feijão verde, temperado com nata e manteiga e recheado de maxixe, havia o queijo como prato principal, tendo no mel de abelha a fina sobremesa, como complemento de uma dieta alimentar saudável e substanciosa. Era uma espécie de celebração, o banquete eucarístico em que o humano e o divino se uniam numa ritualística de fé e oração, de muita autenticidade.
* * *
OS FILHOS TODOS, casados e solteiros, os netos já taludos, à frente Seu Loura, o patriarca do clã, estavam prontos para a caçada. Almoçávamos cedo e saíamos ali pelo meio dia. Se a caçada era mais longe, no Morro das Caboclas ou nos Oliveiras, a saída era manhãzinha cedo. As cabaças d’água e o farnel nos bisacos já ficavam preparados de véspera. Alguns a pé, outros em lombo de jumento, a viagem era um folguedo, uma animação.
Chegados ao destino, espalhavam-se os caçadores em várias direções, cada um com o seu facão, seu machado e sua cabaça para recolher o mel. No horário predeterminado, todos se reuniam no ponto marcado para a volta, que poderia ser festiva ou triste, dependendo do proveito da empreitada.
Tirar mel tinha sua ciência, que abelha era bicho sabido. Muitas vezes ela fazia uma tapagem no oco, dando a entender que a produção terminava ali. Na verdade, quase sempre aquilo era para enganar o caçador. Mais para baixo ou mais para cima, estavam escondidos os melhores favos, em quantidades bem maiores que os encontrados perto da boca.
Bonito era ver-se a escalavragem numa galha de umburana ou no tronco de um amarelo, quando a abelha era boa. O bom tirador de mel tinha de sair procurando, perfurando aqui e ali a madeira, como a fazer prospecções em busca dos melhores favos. Também o bom caçador não extraía todo o mel encontrado. Havia que deixar alguma reserva para a alimentação dos filhotes e das próprias abelhas despojadas. Uma espécie de garantia de sucesso nas futuras caçadas.
No retorno de uma dessas expedições, corria o menino à frente, pelo estreito caminho, em festejo à boa colheita em que se encheram todas as cabaças. Estava bem alimentado de carne assada, farinha e rapadura, sem falar que antes já se fartara de mel, através do velho método de lamber o dedo repetidas vezes após introduzi-lo no favo ou na boca da cabaça.
De repente, ele pára junto ao tronco de um caneleiro. Solta um grito de vitória, como da vez em que encontrara o munduri na frondosa umburana. O velho Loura aponta na curva do caminho, puxando a caravana:
- Pai, aqui tem um tatu com o rabo de fora!
Não adiantou o grito de advertência do velho. A ação do garoto em pegá-lo é imediata. No instante seguinte, já a perigosa jararaca faz volutas no ar, suspensa da mão infantil em que se debate. De uma fração de segundos é o tempo que transcorre para soltar-se, enrodilhar-se e arremessar o bote. Também de segundos é o tempo que leva Seu Loura para decepar-lhe a cabeça com o seu amolado “colino”.
Chegou tarde, não obstante a presteza com que agiu. As duas incisões estão bem nítidas na batata-da-perna do garoto, cuja língua logo começa a engrossar na boca.
Imediatas e precisas são as providências. Seu Loura, sem pensar duas vezes, rasga uma tira da própria camisa e improvisa um torniquete logo acima da mordida. Não suga no local porque tem dentes estragados por onde poderá o veneno penetrar; mas espreme bem, no lugar da picada. Em seguida, manda que procurem por ali uma batata-de-tiú, o que não foi difícil de achar. O menino põe-se a mastigar o tubérculo aquoso e amargo, enquanto se prepara ali mesmo uma garapa bem forte de rapadura, que lhe dão a beber até provocar engulhos.
Feito isso, era esperar pelos efeitos das mezinhas. Dali mesmo, no melhor jumento, é despachado um portador para o povoado, a buscar a chave do sacrário para pôr na boca do ofendido.
- Abaixo dessas mezinhas - diz Seu Loura, com muita fé e esperança - só mesmo os poderes de Deus.
Foi muito difícil. Mas graças a Deus e às providências de meu pai, estou vivo para contar esta história.
João do Vale, competente compositor, maranhense de Pedreiras, e conhecedor profundo das coisas sertanejas, já advertira desse real perigo. Eu é que, embora lhe solfejasse a modinha tão em voga no momento, não lhe dera a devida atenção.
Não meta a mão em buraco de tatu
que é muito perigoso, é preciso ter cuidado...
Crônica de João Bosco da Silva
ERA EM UM TEMPO em que a fauna e a flora ainda não tinham sido completamente devastadas pelas roças e queimadas, e a caça ainda corria farta em seu habitat natural. A devastação, com suas terríveis conseqüências, ia acontecendo lenta e gradativamente a cada ano, a cada inverno.
Naquele tempo, o peba, o bola e o tatu eram de se dar com o pé. O veado e a cutia, o tamanduá e o gambá também existiam em grande quantidade. E mais raramente, mas ainda encontradiços nas “terras de ausentes” dos Gerais, o queixada, o caititu e a paca. Alguns caçadores davam notícias também de capivara e anta, animais de muito boas carnes. Com relação a esses últimos, tenho cá as minhas dúvidas.
Ainda se podia ver a correr pela mata a ema e sua coirmã seriema. Também o jacu e a zabelê era comum encontrar-se. Das aves menores, nem se fala. Papagaios, maracanãs e periquitos eram aos bandos. Predadores infernais das lavouras, era preciso espalhar espantalhos pelas roças ou espantá-los com matraca ou aos gritos dos meninos, cuja ocupação outra não era que vigiar toda essa população voraz que tudo fazia por dilapidar a fartura que o lavrador conseguia produzir a duras penas.
“Griguilins dos infernos... Se ao menos só comessem o necessário... Mas não, destroem tudo que vão encontrando pela frente” - verberava o velho Loura, a xingar e a maldizer periquitos e “copios”, que aos bandos dizimavam os “canivetes” e vagens verdes de sua roça de feijão.
A codorniz, a nambu e a juriti eram aos montes. Isso sem falar no sofreu, no pintassilgo, no pica-pau, no canário, no bem-te-vi e outros tantos cantadores de nossas manhãs e tardes sertanejas... Ah, também o assum-preto, de que falava Gonzaga.
Tudo em vorta é só beleza,
só de abril e a mata em frô,
mais assum-preto cego dos óio,
num vendo a luz, ai, canta de dor...
Tarvez por inguinorança,
ou mardade das pió,
furaro os óio do assum-preto
pra ele assim, ai, cantar mió...
E que dizer das aves de rapina, como o carcará e o gavião? E do cancão, que acuava cobra? Tanto bicho que a gente não vê mais...
Por onde andam as rolinhas – as famosas “asas brancas” de Gonzaga -, que faziam nuvem nos campestres e fundos esturricados das lagoas?...
O velho Loura não era dado a caçadas. Meus irmãos também não, talvez até por seguirem o exemplo do pai. Se o peba dava bobeira, eles o matavam e o punham na a. Isto é, peba do Viroveu; porque os da Ribeira eles não queriam. Dizia-se que comiam defunto. Ali, na Ribeira, ficava o cemitério. Pelo sim, pelo não, era melhor evitar comê-los. Aqui, acolá, uma boca-de-noite, Seu Loura concordava em sair para estumar cachorro em algum tatu cujo fojo estivesse de fresco. Afora isso, nada mais.
Reclamava se algum dos filhos sacrificava um mambira ou gambá pelo simples prazer de matar, embora aprovasse a caça ao veado, desde que moderadamente, de forma a evitar o seu extermínio. Bicho de carne quase escura, sangue forte; gostosa, na paçoca.
A paixão do velho Loura era pelas caçadas de mel de abelha. A abelha era farta e diversificada, não havia perigo iminente de se acabar, como era o caso de alguns animais silvestres.
Abundavam em nossas matas o munduri, o jati, a abelha-branca, o brabo, o manso, a cupira e mais raramente o uruçu. O arapuá era quase uma praga. Mel forte e grosso, samburá avermelhado, para nada servindo. Nesse tempo a “oropa” e a “africana” ainda não se haviam aclimatado entre nós.
Nada melhor para meu pai que saborear um favo de mel ali na horinha, na ponta do “inzope” de croá. Ele o comia assim; nós, meninos, mais sem regras ou modos, o fazíamos metendo o dedo nas cavas dos favos, escondidos. Em qualquer dos casos, o mel ficava babado.
Gostoso e até medicinal era o mel de abelha. Se era da florada de “canilinha”, então nem se fala. Das folhas dessa plantinha até se faziam “torrados” e banhos para extirpar o “difurço” das ventas e o “estalicido” do peito.
Caçava com método, Seu Loura. Nada de exageros. Uma ou duas, no máximo três caçadas no período invernoso. Durante a seca, jamais. Segundo ele, a sobrevivência nesse período é ruim para qualquer vivente. Daí o cuidado para não molestar as abelhas, que estarão, também como o homem, no tempo das “vacas magras”, comendo o que armazenaram durante o tempo da fartura.
Dentre essas duas ou três caçadas anuais, havia uma que se revestia de um caráter festivo, senão sagrado: era aquela que antecedia a semana santa. Naquele tempo, a semana era SANTA mesmo, isto é, todos os seus dias eram guardados; a dieta do jejum, rigorosamente observada, inclusive por meninos e meninas acima dos 7 anos. Nada de trabalhos pesados. Trabalhos, aliás, só os domésticos, considerados essenciais. Tudo frugal, continente, comedido.
O almoço, na sexta-feira santa, revestia-se desse caráter sagrado e se constituía em verdadeiro banquete. Além do trivial feijão verde, temperado com nata e manteiga e recheado de maxixe, havia o queijo como prato principal, tendo no mel de abelha a fina sobremesa, como complemento de uma dieta alimentar saudável e substanciosa. Era uma espécie de celebração, o banquete eucarístico em que o humano e o divino se uniam numa ritualística de fé e oração, de muita autenticidade.
* * *
OS FILHOS TODOS, casados e solteiros, os netos já taludos, à frente Seu Loura, o patriarca do clã, estavam prontos para a caçada. Almoçávamos cedo e saíamos ali pelo meio dia. Se a caçada era mais longe, no Morro das Caboclas ou nos Oliveiras, a saída era manhãzinha cedo. As cabaças d’água e o farnel nos bisacos já ficavam preparados de véspera. Alguns a pé, outros em lombo de jumento, a viagem era um folguedo, uma animação.
Chegados ao destino, espalhavam-se os caçadores em várias direções, cada um com o seu facão, seu machado e sua cabaça para recolher o mel. No horário predeterminado, todos se reuniam no ponto marcado para a volta, que poderia ser festiva ou triste, dependendo do proveito da empreitada.
Tirar mel tinha sua ciência, que abelha era bicho sabido. Muitas vezes ela fazia uma tapagem no oco, dando a entender que a produção terminava ali. Na verdade, quase sempre aquilo era para enganar o caçador. Mais para baixo ou mais para cima, estavam escondidos os melhores favos, em quantidades bem maiores que os encontrados perto da boca.
Bonito era ver-se a escalavragem numa galha de umburana ou no tronco de um amarelo, quando a abelha era boa. O bom tirador de mel tinha de sair procurando, perfurando aqui e ali a madeira, como a fazer prospecções em busca dos melhores favos. Também o bom caçador não extraía todo o mel encontrado. Havia que deixar alguma reserva para a alimentação dos filhotes e das próprias abelhas despojadas. Uma espécie de garantia de sucesso nas futuras caçadas.
No retorno de uma dessas expedições, corria o menino à frente, pelo estreito caminho, em festejo à boa colheita em que se encheram todas as cabaças. Estava bem alimentado de carne assada, farinha e rapadura, sem falar que antes já se fartara de mel, através do velho método de lamber o dedo repetidas vezes após introduzi-lo no favo ou na boca da cabaça.
De repente, ele pára junto ao tronco de um caneleiro. Solta um grito de vitória, como da vez em que encontrara o munduri na frondosa umburana. O velho Loura aponta na curva do caminho, puxando a caravana:
- Pai, aqui tem um tatu com o rabo de fora!
Não adiantou o grito de advertência do velho. A ação do garoto em pegá-lo é imediata. No instante seguinte, já a perigosa jararaca faz volutas no ar, suspensa da mão infantil em que se debate. De uma fração de segundos é o tempo que transcorre para soltar-se, enrodilhar-se e arremessar o bote. Também de segundos é o tempo que leva Seu Loura para decepar-lhe a cabeça com o seu amolado “colino”.
Chegou tarde, não obstante a presteza com que agiu. As duas incisões estão bem nítidas na batata-da-perna do garoto, cuja língua logo começa a engrossar na boca.
Imediatas e precisas são as providências. Seu Loura, sem pensar duas vezes, rasga uma tira da própria camisa e improvisa um torniquete logo acima da mordida. Não suga no local porque tem dentes estragados por onde poderá o veneno penetrar; mas espreme bem, no lugar da picada. Em seguida, manda que procurem por ali uma batata-de-tiú, o que não foi difícil de achar. O menino põe-se a mastigar o tubérculo aquoso e amargo, enquanto se prepara ali mesmo uma garapa bem forte de rapadura, que lhe dão a beber até provocar engulhos.
Feito isso, era esperar pelos efeitos das mezinhas. Dali mesmo, no melhor jumento, é despachado um portador para o povoado, a buscar a chave do sacrário para pôr na boca do ofendido.
- Abaixo dessas mezinhas - diz Seu Loura, com muita fé e esperança - só mesmo os poderes de Deus.
Foi muito difícil. Mas graças a Deus e às providências de meu pai, estou vivo para contar esta história.
João do Vale, competente compositor, maranhense de Pedreiras, e conhecedor profundo das coisas sertanejas, já advertira desse real perigo. Eu é que, embora lhe solfejasse a modinha tão em voga no momento, não lhe dera a devida atenção.
Não meta a mão em buraco de tatu
que é muito perigoso, é preciso ter cuidado...
segunda-feira, 19 de setembro de 2011 5n4a6o
SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO CONCLUI REFORMA DA CRECHE MUNICIPAL 1m3ti
A presença de autoridades, representantes municipais e pais de alunos, bem como a realização de um grande coquetel marcaram, no último dia 20 de Agosto, a reinauguração da Creche Municipal “Mãe Santa”, que ou por obras de infraestrutura em todo o prédio, recebeu nova pintura, piso, teto, construção de mais salas de aulas e novos equipamentos. Na cerimônia, o Prefeito em exercício Luis José de Barros o Prefeito licenciado Jose Edson de Carvalho, os vereadores, bem como todo o Secretariado, destacaram a importância da obra para o município, uma vez que a Educação Infantil é vista como uma complementação da ação da família, onde as crianças aprendem e os pais podem, nesse espaço em que seus filhos estão estudando, trabalhar para o sustento desta família.
O Prefeito em Exercício Luis José de Barros destacou que a obra de reestruturação e compra de equipamentos escolares teve inicio em março de 2011 e foi concluída em agosto do ano corrente sem nenhum incentivo de governo Federal e Estadual: “Todos os recursos utilizados para que a Creche Mãe Santa tornasse uma referência em Educação Infantil dentro do Município de Francisco Santos foram da própria receita Municipal, FPM e arrecadação de impostos e hoje estou orgulhoso por saber que as crianças do nosso Município além de estarem sendo acompanhadas por profissionais competentes, uma Direção e Coordenação dedicadas e uma Secretária de Educação comprometida com o crescimento educacional delas, temos também uma estrutura que segue padrões exigidos para a garantia do conforto e da segurança”. O prefeito licenciado José Edson de Carvalho falou da importância de preparar o alicerce para que nossas crianças sejam destaques no futuro e anunciou : “ Precisamos também pensar em nossos idosos, a Educação esta cuidando muito bem das nossas crianças e agora as presenteia com um espaço agradável para elas, precisamos pensar também em um espaço para acolhermos nossos idosos que também são preciosos para nossa istração”.
A Secretaria de Educação Isaura Sousa confirmou as palavras dos gestores e ainda ressaltou: “Faço Educação com amor. E tudo que se faz com amor sai bem feito, posso não acertar, mas tentei, e, as ações que planejo busco concretizá-las por acreditar serem as melhores para a Educação do Município”.

sábado, 17 de setembro de 2011 596w5k
Sabádo dia 10/09/2011 a partir das 22:00 horas, aconteceu no veneza clube de Francisco Santos a tradicional festa da Rainha do Caju edição de 2011 e tinha como candidatas ao titulo, as belas jovens: Renata, Brenna e Rayla. A noite começou com o desfile da campeã do ano ado a bela Alzira Regina que entregou a faixa de campeã. Após os desfiles e análise dos resultados, a jovem escolhida para suceder a campeã do ano ado foi a bela Brenna, que fez um belo desfile e mostrou-se tranquila na arela.
A bela Alzira Regina. Campeã do ano ado
Desfile das Candidatas
Renata
Brenna
Rayla
As três candidatas posando para foto
Campeã: A bela Brenna