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domingo, 25 de julho de 2010 6f3h2d

Capa do Livro de Francisco Santos e um capitulo. "Congratulções ao Sr. João Bosco" 3v6w2


(N) O F E U D O

S A N C T O R U M

1. F R A N C I S C O S A N T O S

A Emancipação Política

QUE O HOMEM É UM ANIMAL POLÍTICO, isso já afirmava Aristóteles, filósofo grego que viveu entre 384 e 322 a.C. Não era diferente o nosso homem de Jenipapeiro, comunidade endogâmica, fundada por dois casais de baianos a partir de 1818. Como era natural, tinha de organizar-se politicamente para poder levar uma vida associativa saudável.

Acreditamos que, guardando semelhança com todas as comunidades primitivas ou principiantes, a nossa teve que se basear, pelo menos nos primeiros tempos, na necessidade de se criar um líder ou chefe, a pessoa capaz de exercer domínio e poder sobre as demais e de enfrentar eventuais ataques externos. Não obstante o surgimento desse líder ou chefe acontecer mais ou menos de maneira natural, via de regra quem irá impor-se será aquele que se destacar na comunidade, por diversos fatores, mormente o econômico, podendo-se vislumbrar aí resquício da teoria darwiniana da Seleção Natural, em que sempre vence o mais forte.

Esta noção, que se confunde com a noção primitiva de Deus, tanto ou mais se tornará arraigada se esse líder ou chefe exercer sua autoridade baseado no respeito mútuo, no livre arbítrio e na justiça, desenvolvendo suas ações com pulso firme, mas sem imposições ou autocracia. As vias da força, do autoritarismo e/ou da arbitrariedade, conforme assevera Maquiavel, poderão também engendrar líderes; esses, porém, serão sempre temidos, jamais amados e respeitados.

Assim, cremos, plasmou-se nossa comunidade: à sombra de um grande líder.

No início do século XX, já a grande família ancestral se havia partido e repartido em ramos múltiplos, embora ainda conservasse o forte traço endogâmico e endogênico e o sentimento de clã e parentela.

Em 1918 falecia em Picos o senhor Antônio Rodrigues da Silva, no exercício da Intendência, deixando como sucessor e continuador de sua obra e legados políticos o parente e conterrâneo Cel. Francisco Santos, a quem iniciara na atividade (Silva Neto, 1985, p.77).

Assim, ficava em Picos, cidade-mãe, pólo de maior fermentação sócio-econômica e política, o filho da terra, Cel. Chico Santos; e cá, o seu irmão Licínio Pereira dos Santos, figura humana de valor incomparável. Tomando a democracia no sentido mais amplo da palavra, aquele em que todo o poder emana do povo e em seu nome deve ser exercido; e a política como a ciência do governo dos povos, ele não exerceu cargos públicos e nem funções políticas. No entanto, segundo Silva Neto, foi, durante décadas, o líder natural, o conselheiro, o guia, o amigo, ouvido e respeitado por toda a população (p. 77). Palavras como casuísmo ou fisiologismo, tão atuais, não se conheciam em sua época. Seu Licínio jamais teve delas o sentimento, muito menos as pôs em prática.

Juiz de paz, conciliador, conselheiro e amigo, anfitrião de padres e demais autoridades religiosas, dono das chaves da igreja desde l9l8, encarnava muito bem a figura do patriarca, do grande líder, do chefe justo a quem todos amavam e respeitavam.

Mas a comunidade crescia. Alguns elementos "de fora" começavam a quebrar o sistema de casamentos entre membros da família ou de parentes próximos, dando feições novas aos componentes da fechada comunidade familial jenipapeirense.

Também em Picos uma nova família começava a surgir, impondo lideranças novas ou pelo menos entrando em processo de conflito, senão em franca atitude de contestação ao dominante clã dos Santos, onde o nosso Coronel Francisco de Sousa Santos era figura proeminente. Registre-se, a bem da verdade, que não apenas a esse fato do entranhamento familial, entre nós, com “ramos de fora” deveu-se a formação de novas lideranças. Elas foram surgindo por razões diversas como, p. ex., o crescimento da população, a conseqüente ampliação da parentela e dos grupamentos e, inclusive, pelo anseio natural (e muito humano) de participação do poder político, mormente quando Jenipapeiro começou a desfrutar de certa importância no cenário municipal da cidade de Picos. Tanto isso é verdade que já em 1935 o vilarejo foi elevado à condição de povoado.

Em Jenipapeiro, essa ala dissidente teria como partidários maiores os senhores Francisco Rodrigues de Sales, vulgo Chodó (a grafia com ch ele mesmo explica que é para diferençar de xodó: chamego, namoro) e Arlindo Rodrigues Lima, cuja oposição, embora débil, haveria de manter-se em firme trincheira, na defesa de seus ideais ou interesses, tanto assim que, em conluio com o então deputado estadual Helvídio Nunes de Barros, derrubariam em l956 o primeiro projeto de elevação do povoado Jenipapeiro à categoria de cidade.

Ressalva, porém, se faça quanto ao surgimento dessa tíbia oposição iniciada pelos senhores Chodó e Arlindo Lima. Ela se deu por motivos pessoais, embora, depois, tenha entrado com muita força o fator político, em vista mesmo da importância política que o povoado vinha adquirindo.

Chodó, segundo narrou-nos seu filho Deusdédite, fora fiel seguidor do Cel. Chico Santos, a ponto de, a cada eleição, convencer seus amigos e seguidores a irem, a cavalo, votar em Picos no candidato que “Seu Chico” indicasse. Certa feita, porém, em um dia qualquer dos anos 1939 ou 40, João de Zé Belchior, tido como débil mental, pôs-se na frente de sua casa (casa de Chodó), a fazer gestos obscenos para sua mulher e filhas. Não gostando daquilo, Chodó tomou-o pelo braço e foi entregá-lo na casa do pai, 50 metros adiante. Zé Belchior não gostou e foi denunciá-lo na delegacia de polícia, em Picos. O tenente Inácio, então comandante do policiamento daquela cidade, ao receber a ordem de prisão e verificar a pessoa de quem se tratava, recusou-se a cumpri-la, dizendo: Conheço Chodó, é um homem de bem; não vou cumprir este mandato, não.

Chodó, achando que teria havido endosso da família Santos no episódio, em Jenipapeiro ou em Picos, ficou desgostoso e ou, então, a divergir e fazer oposição política à família.

O caso de Arlindo foi motivado por uma questiúncula. Trata-se do fechamento de uma janela que um partidário da família Santos teria deixado aberta em um muro confrontante com um terreno seu. Arlindo, após reclamar e não ser atendido, decidiu fechar a janela por conta própria. O dono não gostou e entrou em perseguição ao vizinho, com ânimo de aplicar-lhe um corretivo, só não o fazendo porque o perseguido chegou primeiro aos seus domínios, no Alto de Zé Lima, onde morava. Essa tentativa de ajuste de contas se deu por instigação de Chico Elpídio, embora sendo ele cunhado de Arlindo. Este, que era correligionário dos Santos, sentindo nisso o dedo político dessa família, igualmente como acontecera a Chodó, ficou desgostoso e também ou a fazer oposição. (A defecção de Arlindo nos foi relatada por Simplício Morais Santos).

A queda do Estado Novo, em 1945, abalaria bastante o prestígio do Cel. Francisco de Sousa Santos em Picos Esse fato político também teve repercussões em todo o estado, tanto que nas eleições gerais de 1946 o PSD perderia o governo do estado para a UDN, que apresentara como candidato Rocha Furtado, médico dedicado, de caráter ilibado, mas sem nenhuma prática política. Talvez em razão dessa inexperiência, seu governo se tenha caracterizado por perseguições a oposicionistas, por solicitações, pressões e mesmo exigências de correligionários revanchistas, por todo o território piauiense.

Com a sua assunção ao governo, em 1947, a oposição aria a exigir do governador a demissão de todos os funcionários demissíveis, simpatizantes do PSD, ou a transferência daqueles que tinham alguma estabilidade para lugares totalmente fora de rota, como foi o caso de dona Mariinha, transferida para Uruçuí - PI. Arbitrariedades outras também se perpetraram, inclusive no âmbito policial, como, p. ex., o empastelamento de jornais e até mesmo execuções de desafetos, por encomenda. (Vide Roda Viva, de Cláudio Pacheco). Essa oposição em Jenipapeiro começara frágil, mas em poucos anos já se fizera bastante robustecida. Aproveitando a deixa, também entraria na mesma dança, pedindo cabeças e mais cabeças de pessoas ligadas à destronada oligarquia dos Santos, em nível local e em Picos. Essas pressões eram exercidas através de Helvídio Nunes de Barros que, nesse tempo, ainda não era detentor de mandato de deputado estadual, mas se ensaiava como o grande líder em que mais tarde se tornaria. Tanto assim que se elegeu prefeito de Picos na 3ª legislatura, tomando posse em 31.01.1955. (Lavor, 2006, p. 39). Esses oposicionistas, liderados por Chodó e Arlindo Lima, chegariam a polarizar atenções e a estremecer alicerces situacionistas, ao ponto de arrebatarem, anos depois, o governo do município.

Era em um tempo em que, pelo menos para nós, a política era esse tecido de amadorismo, de amor e paixão pelo líder e pelo partido. O Cheiro das grandes e podres negociatas ficava longe, deixando a nós o romântico idealismo que separava antago­nistas, apelidados CARETAS uns, se eram da UDN; e MACACOS outros, se pessedistas.

Criança de 6 para 7 anos, ainda nos lembramos do pleito de l950, com seus alegrões, que depois se chamariam comícios e mais tarde showmícios. A mídia eletrônica, criação mais recente, é mais prática e eficaz, porquanto atinge milhões e milhões de uma só vez, sem as inconveniências das vaias, dos tomates e dos ovos podres. Antigamente, eram festas alegres, em que se distribuíam aluares e gasosas e o candidato-orador ainda podia olhar no olho de seu eleitor para pedir-lhe o voto; porque em suas promessas havia alguma intenção sincera e em sua cara, alguns laivos de vergonha. Assim o era, pelo menos o político dos povoados e vilas, aquele que mais próximo ficava de suas bases.

Assim crescia Jenipapeiro, social, econômica e politicamente. O pequeno vilarejo de l918 tornara-se povoado em l935. Na década de 1950 (3ª legislatura, 1955), produziria dois vereadores: Izac Pereira dos Santos, pelo PSD; e Francisco Rodrigues Sales, pela UDN; e na 4ª, Elizeu Pereira dos Santos, pelo PSD.

Não nos foi possível encontrar projetos específicos apresentados por Izac e Elizeu. Deste último, o trabalho maior foi o de empenhar-se com toda garra no projeto de independência político-istrativa de Jenipapeiro. Com relação a Chodó, sua bisneta Cleânia desencavou vários deles na Câmara Municipal de Picos. Especificamente sobre Jenipapeiro, Chodó conseguiu um crédito de CR$8.000 para desapropriação da residência do Sr. Firmino Carvalho. Essa casa, para quem não se lembra, ficava fora de alinhamento, avançando cerca de 5 (cinco) metros no leito da rua que vai do Mercado Público em demanda do Saquinho. Era um monstrengo enfeiando o eio público. Foi de muita serventia o projeto de sua retirada.

Como se pode perceber, ávamos a influir, dessa forma, na vida político-istrativa da cidade de Picos. A partir daí o sonho de alçar vôo maior aria a ocupar espíritos e mentes dos representantes do PSD, com forte oposição dos udenistas, em esmagadora minoria.

Mas esse é um capítulo cheio de tramas e traições, que se arrastaria por muitos anos, até culminar com o sonho maior de toda a gente. Queríamos, ao escrever nossas cartas, começar assim:

Francisco Santos-PI, tanto de tanto etc...

* * *

FRANCISCO SANTOS-PI., 24 de Dezembro de 1960!

D a t a h i s t ó r i c a !

Não se chamou GERALHO, como queria Mundico de Boronga (o segundo mais famoso autodidata da terra, professor emérito; que o primeiro era o mestre Miguel Guarani, sem sombra de dúvida). GERALHO, substantivo novo, de sua invenção, para significar: Terra do alho, que gera alho. GERAR + ALHO. Muito apropriado. Mas não o quiseram os grandes do lugar. Aliás, nem o levaram em consideração.

- Mas, Geralho? O que é Geralho? - pergunta o chefão.

- Geralho é uma palavra nova, que quer dizer: Terra do alho, que gera alho.

- Mas por quê? - ele insiste.

- Para traduzir algo nosso, aquilo que é símbolo da terra, do nosso trabalho - responde Mundico.

- Francisco Santos é bem mais nosso. É o nome do benfeitor desta terra, daquele que muito fez por nossa gente - contrapõe um outro liderado.

- Por que não se deixa então JENIPAPEIRO? - insiste o professor.

- O nome é Francisco Santos mesmo - ecoam em uníssono todos os notáveis e puxa-sacos penetras.1 É uma justa homenagem a quem tanto fez por este povo.

O Sr. Francisco de Sousa Santos, carinhosamente chamado “Seu Chico” ou “Chico Fartura” pelos mais chegados, e de Coronel Chico Santos por todos de modo geral, foi inegavelmente um benfeitor, o parente e amigo que jamais faltou ao conterrâneo que lhe batesse às portas. Se pedia rancho, lá estava o grande telheiro para armar a rede, a bóia na mesa, a quinta para os animais; se precisava de um papel, um documento qualquer, ele se prontificava a arranjar; se carecia de um médico, havia o Dr. Moura, seu filho, a dar atendimento digno e desinteressado. O Dr. Moura atendia a todos os chama­dos. Se houvesse dinheiro, recebia; se não, recebia uma galinha, um agrado qualquer. Se não havia nada, o "muito obrigado" era paga suficiente.

- Então - conclui Elizeu, líder político e irmão do homenageado, o homem que conduziu todo o processo, sem descanso e esmorecimento - então, como eu dizia, todos estão de acordo? A cidade vai se chamar FRANCISCO SANTOS?

FRANCISCO SANTOS!

Explodem as palmas.

E o autodidata, diretor da Escola Reunida Franco Rodrigues, calou-se, vencido. O filho de Boronga e de Carmina, desgostoso, e achando que não teria mais vez na futura cidade, sua terra-berço, mudou-se para São Paulo, e hoje, segundo esparsas notícias, vive muito bem em uma cidade do interior paulista.

* * *

FRANCISCO SANTOS - PI., 24 de dezembro de 1960!

Essa é a data oficial de instalação da cidade de Francisco Santos, antigo povoado de Jenipapeiro, desmembrado do município de Picos.

A festa para receber o Governador e sua comitiva fora preparada com esmero. Ruas enfeitadas de bandeirolas, desde o largo da igreja até o final da Rua do Tetéu, na entrada da cidade, banda de música contratada em Picos para a recepção, e baile logo mais à noite, além de lauto banquete para as autoridades.

Já de longa data preparara-se a população para o grande dia, mandando recompor a pintura das casas (à exceção de uns poucos adversários mais ferrenhos), renovando o guarda-roupa, tomando outras providências, de forma que nada pudesse sair errado. Afinal, era um acontecimento único e inédito e todos desejavam apresentar-se da melhor maneira possível.

Por volta das l5:00h daquele sábado quente, uma comissão de notáveis se deslocou até a BR-3l6 para esperar Sua Excelência, o Governador, com a sua comitiva de ilustres Deputa­dos e Secretários de Estado, cujas presenças haviam sido confirmadas.

E haja o povão a esperar. Caras para o sol, suor e sede, era preciso muita conversa para dissimular a impaciência e a ansiedade. O tempo ando; dá l6 horas, dá l7. São rasgadas as primeiras bandeirolas, há ameaça de invasão da rua e de rompimento do cordão de isolamento.

De repente, um sinal: estouram os foguetes, lá pela altura das Três Baixinhas.

“Até que enfim!” - murmura a turba, irrequieta.

Aproxima-se a caravana. A multidão se move. Espicham-se os pescoços. Encompridam-se os olhares.

“Cadê o carro oficial">

15 comentários: 5e3y6s

  1. Iniciei meu domingo tomando ciência de muitos fatos novos, inéditos e interessantes sobre o capítulo da emancipação política de Francisco Santos. Boa parte da obra deverá ser polêmica. Não creio que sua população vá criar nenhum óbice quanto à venda do livro. Já encomendei três exemplares que certamente serão muito úteis. É a história de um povo (minha geração) e de uma cidade (meu torrão natal). Críticas? Certamente virão! O que importa é a verdade ser dita, com justiça e imparcialidade. Não podemos esquecer a origem, o ado e o presente de um povo tão lutador e independente. Parabéns João Bosco pela coragem, despreendimento e vontade de deixar escrito um documento tão importante para a formação do povo francisco-santense.
    Cordialmente, João Erismá de Moura - Brasília-DF

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  2. Caro João Bosco: Pelo capítulo que acabo de ler, no blog de FcoSantos, acredito que seu livro será um sucesso, gostando-se ou não do título. Eu gostei. Parabens!
    Abracos, Zezé de Zé Carmo

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  3. Muito obrigado aos dois amigos, um ainda pessoalmente "desconhecido", e o outro há muito sem comunicação entre nós. Que este espaço sirva de elo para reatarmos nossos antiogos e gostosos "papos". Zezé, conforme me informou Erismá, é culto, inelectual e também um dos "pássaros saudosos" que sempre busca o ninho antigo, a nossa querida terrinha. Aliás, já naquele tempo - 1959/61 - ele já dava mostras de possuir boa bagagem cultural.
    Abraços, João Bosco.

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  4. Bosco, Parabéns, mais uma vez, pela ousada, rica e significativa produção do livro "Jenipapeiro: a terra dos espritados". Conheço-o em parte, li alguns dos seus capítulos ainda quando em fase de produção,além de ser uma privilegiada partícipe da obra, pois tive a honra de, a seu convite, escrever um dos seus capítulos. O que muito me orgulha.
    No livro, você descreve histórica e poeticamente a cidade de Francisco Santos, os fatos políticos que ali aconteceram e o espírito lutador, sagaz e esperto do seu povo, (daí o termo “espritado”), destacando algumas pessoas ilustres. É, sem dúvida, de uma importância inigualável para a cidade de Francisco Santos e para o seu povo (filhos e descendentes) e todos aqueles que, de uma forma ou de outra, fazem parte da sua história
    Quanto à polêmica que ele está gerando, confesso que julgo como positiva. O livro já tem grande notoriedade antes de ser lançado! Poucos escritores conseguem isso. Já imaginou se as atitudes em relação a ele fossem de indiferença, de falta de apreciação e comentários, como acontecem com algumas obras produzidas? Somente uma obra tão rica de sentidos e de incursão histórica, como essa, consegue evocar tantos sentimentos e posturas apenas com a divulgação do seu título. Parabéns por isso, também, Bosco. Indiscutivelmente, você é um escritor irável, além de um grande historiador.
    Quanto ao possível boicote, fique tranqüilo. As críticas que estão surgindo nesse sentido são frutos de preconceito, de um desconhecimento da obra ou, no máximo, de um conhecimento que se limita a uma interpretação unívoca ou equivocada do título. Elas com certeza desaparecerão ou serão amenizadas à medida que as pessoas forem tendo um conhecimento melhor da obra e conseguindo perceber a grandeza que o termo “espritado” emana no seu livro e a veracidade e a beleza com que você historiciza Francisco Santos.
    Abraços
    Cleania de Sales Silva

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  5. São comentários como este seu Cleânia, que me animam a continuar. Tenho recebido manifestações de apreço e apoio através de e-mails e pessoalmente. Inclusive Erismá, que a princípio andou discordando, hoje, após conhecer alguns trechos do livro, está "maneirando" em sua posição, sem deixar contudo de dizer que o livro continuará a causar polêmica. E isso é muito bom como você mesmo observa. Como ja dizia Nelson Rodrigues, não sei se com razão, "toda unanimidade é burra".
    Obrigado, João Bosco.

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  6. Bom dia!!
    Caro Joao Bosco,
    Li o capitulo postado, creio que estamos diante de uma valorosa reliquia. Mesmo jovem(31 anos) e a despeito de ser academico de letras , sou um apaixonado pela historia, sobretudo a de nossa querida terra. Cabe-me nesse momento oportuno apresentar-me melhor : sou filho de José Crispim de Moura. Acho cabivel tambem relatar um pouco do que conheco sobre voce e sua familia. Embora nao o conheça pessoalmente ouvi, atraves de meu pai falar muito, de voce, Prof. Mariano(que lembro-me de fazer esporádicas visitas a nossa casa), seu pai, enfim, sua familia. Quando crianca e ainda na minha alfabetizacao(no colegio Joao Mariano) ja indagava meu pai sobre quem era? Por que o colegio levava aquele nome? ele, pacientemente me explicava(o chamava de "padrim lôra" )tendo por varias vezes, por conta da minha curiosidade, me levado a visitar os torroes das casas de Joao Mariano e Belarmino(este ultimo meu bisavô)que ficavam proximas. Portanto, prezado escritor, que voce, Erisma, Cleania, Chico Miguel, Zezé de Carmo, enfim todos aqueles aros "saudosos" ou nao, portadores de amplos conhecimentos, possam estar contribuindo com o nosso enriquecimento cultural.
    Abraços,
    Osni Moura

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  7. Prezado Osni,
    Você não imagina a emoção que o seu comentário me causou. Você conheceu a Unidade Escolar João Mariano, indagou de seu pai quem era ele, visitou os torrões de nossa velha casa... "Vejo meu pai na sala caminhando/da luz da tarde aos pálidos clarões/de minha mãe escuto as orações/da alcova aonde ajoelhei rezando". (José Bonifácio). Claro que seu incentivo e palavras animadoras sobre o livro muito me envaidecem; mas a outra parte me comove muito mais. Muito grato.
    João Bosco

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  8. Olá João Bosco,li o primeiro capitulo do seu livro,e confesso que fiquei muito emocionada por conheçer um pouco sobre a historia de emancipação politica de nossa terra.Estou curiosa para ler os outros capitulos que virão a seguir,pois com certeza a historia da nossa querida terra é muito interessante.
    Sobre o titulo do livro já tinha ouvido falar a respeito, em primeiro momento confesso que fiquei pensativa quanto ao nome "espritados" , mais após a leitura deste capítulo , percebi que essa palavra nos remete a um povo de espírito forte.
    Queria destacar também a importância desta obra para nós do Ponto de Cultura Artes da Terra, pois teremos uma fonte que nos ajudará a resgatar a cultura e história do nosso município.
    Ana Carlete da Silva Sousa
    Ponto de Cultura "Artes da Terra"

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  9. Bom dia, Ana Carlete,
    Causou-me supresa a existência do Ponto de Cultura Artes da Terra. Gostaria de obter alguns dados sobre esta instituição, acredito muito valiosa. As indagações que gostaria de ver respondidas seriam as seguintes:
    1. Qual o ato de criação (quem foi o idealizador?)
    2. Quem é o órgão mantenedor?
    3. Qual a destinação orçamentária anual para a sua manutenção?
    4. Gostaria de tomar ciência do seu Regimento Interno ou Regulamento;
    5. Qual a composição da sua diretoria?
    Torcendo pelo sucesso deste novel órgão cultural ponho-me à disposição para colaborar no que me for possível.
    Atencisoamente, João Erismá de Moura, Brasília-DF

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  10. Olá, Erismá Moura, bom dia.
    O Ponto de Cultura "Artes da Terra" é um projeto idealizado pelo Sind. dos Servidores Públicos Municipais de Francis Santos,que após seleção em edital firmou convênio com o Minc e a FUNDAC-PI. O projeto será comtemplado pelo Minc com 3 parcelas no valor de R$ 60.000,00 cada e as demais despesas do ponto serão custeadas através de parcerias com prefeitura, instituições de ensino e amigos do ponto (voluntários). Quanto ao regimento, seguimos o estatudo da instituiçaõ que istra, no caso o sindicato e as normas e exigencias estabelecidas pelo edital 80 pontos de cultura-2008. A diretoria da instituição é composto por 15 membros, os quias listo aqui os que estão á frente do Ponto de Cultura: representante legal do Ponto Ana Carlete, tesoureiro o professor Fernando Lima e a responsável técnica do Ponto, a professora Elizângela Cipriano.O
    ponto de cultura tem como objetivo trabalhar com atividades culturais que venham resgatar os valores artísticos da comunidade tendo como foco o desnvolvimento da potencialidades existentes e a promoçao da inclusão social, para isso contamos com a colaboração de todos e estamos gratos por colocar-se á disposição, com certeza iremos precisar sim do vosso apoio.

    atenciosamente, Ana carlete da Silva-Francisco Santos/PI

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  11. Bom dia, Ana Carlete,
    Primeiramente, quero dizer que minha curiosidade com relação à criação e objetivos do Ponto de Cultura diz respeito apenas a minha alegria em ouvir falar sobre a criação desta nova instituição, antiga reinvindicação minha constante até mesmo em algumas falas. Nada a ver com as minhas atividades desenvolvidas por trinta anos no Tribunal de Contas da União (Auditor Federal de Controle Esterno).
    Segundo, quero agradecer a sua presteza e eficiência em fornecer, com rapidez e transparência, todas as informações que havia soliciado. Estarei aí no início do mês de setembro e gostaria de conhecer as instalações e os membros desta importante instituição cultural. A professora Elizângela Cipriano já a conheço, bem como a sua competência. Desde já me considero AMIGO DO PONTO.
    Com os agradecimentos, Erismá de Moura.

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  12. Senhora Ana Carlete,
    Boa noite.
    Agradeço generosa manifestação sobre o meu livro. Ao tempo em que a parebenizo pela instalação do Ponto de Cultura e Artes.
    Atenciosamente,
    João Bosco

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  13. lendo os comentàrios sobre o livro, acho que foi muito corajoso por parte do meu tio, não sei se foi realmente ele quem escolheu o título.
    que pra mim é só um detalhe.
    eu concordo plenamente com as palavras da cleania em realação ao mesmo.
    muitas pessoas leigas, irão julga-los.
    mais tenho certeza que depois de lerem o livro, iram entender perfeitamente o sentido desse título, que na minha opinião ficou a cara da cidade. nada mais é que pessoas que tem espírito de luta-valente.
    significa: povo valente, guerreiro,esperançoso, que mesmo nos momentos mais dificeis, são sempre prestativos e felizes.

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  14. João Bosco, fiquei extremamente emocionada ao ler trechos que retratam a historia de minha terra. Confesso que não tinha o conhecimento destes fatos. Agora compreendo os motivos que nos levam aos ser religiosos,hospitaleiros, politicos viris e orgulhosos. O sangue que corre em nossas veias são de pessoas fortes, corajosas e que buscam seus ideais, por isso muitos de nós nos aventuramos em terras alheias em busca de melhores condições de vida, mas não nos esquecemos jamais de onde somos e quem somos, e sempre que podemos estamos visitando o nosso paraíso na terra.

    O titulo do livro não poderia ser outro, pois nada retrataria melhor o nosso povo se não Jenipapeiro: A terra dos espritados.

    Parabéns pelo seu trabalho, espero adquirir um exemplar quando estiver eando por ai no final do ano.

    Sem mais,
    Flarranyelly Santos

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